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segunda-feira, 31 de julho de 2017

TIO LULU ENSINA COMO SAIR DE SITUAÇÕES EMBARAÇOSAS DO DIA-A-DIA - CAPÍTULO 5

PESSOA MALA

Essa pode ser extremamente INútil no dia-a-dia.

Imagine a seguinte situação: você está em um lugar público e, por algum motivo, está parado, seja esperando por algo ou alguém, seja curtindo uma praia, em alguma fila, ou simplesmente descansando, whatever...

Você está super de boa, em um momento "I'm the best and fuck the rest", e não tá nem aí pros moribundos que desfilam ao seu redor.

Tipo um momento zen, aquele desprendimento total e irrestrito, seu espírito quase saindo do seu corpo (calma, não vá morrer agora mané). Você em um instante de total viagem na maionese Hellmans, praticamente se esquecendo que existe um mundo ao seu redor. Ou seja, um momento de total distração, daqueles que acontecem de vez em quando com quase todos nós, pessoas normais.

Eis que de repente acontece algo que, tipo assim, corta completamente seu barato viajante, igual a um estalar de dedos que acorda alguém de um transe hipnótico.

Primeiro vem aquela voz, que você não reconhece porque simplesmente nunca viu mais gordo o proprietário (a) daquela insuportabilidade. Obviamente o cérebro ainda não teve tempo de fazer uma análise dentro do contexto vigente para transformar aquela informação em conhecimento (YEESSSS). Isto posto, você não terá uma reação instantânea, como por exemplo sair correndo antes de olhar para o transeunte, ou pular dentro do primeiro táxi que passar na sua frente.
O momento imediatamente a seguir chega numa fração de segundos, e é o contato visual. Sim, inevitavelmente você acaba olhando para a direção de onde veio aquilo que alguém um dia teimou em chamar de voz. Puta-que-la-merda, sua primeira impressão estava corretíssima, você realmente nunca viu aquele emplastro na sua frente. E agora ?

Se você já está achando essa uma situação complicadíssima, acredite, sempre pode piorar. É que, nesse caso, podemos (e vamos) classificar os "malas" em duas grandes espécies: a) o "mala ocasional"; b) o "mala de fila" (fila de banco por exemplo).

Bem, aí o inevitável acontece: o pereba começa a falar. E, como já era de se esperar, nada de útil sai dali. Afinal, quem tem boca fala o que quer, mas quem tem ouvidos infelizmente acaba escutando o que não quer. Papo mais chato e despropositado. O que é que você tem a ver com a tia do vizinho da prima dele que tá com unha encravada e por isso precisou procurar um podólogo ? Que vão todos pro inferno, ele (a), a tia, o vizinho, a prima e até mesmo o coitado do podólogo (pode isso Arnaldo ?), tranquem-se na casa do capeta e joguem a chave fora, cazzo !

Quando é em fila de banco por exemplo, tem aquele (a) (es) (as) mala (s) que começam a reclamar que a fila tá demorando, ou que o serviço é ruim, e eles sempre esperam que você dê ouvidos e comece a reclamar também, e de repente aquela reclamaçãozinha chata já virou uma manifestação popular, um protesto violento com os "black blocs" vestidos de ninja arrebentando tudo e deitando todo mundo na porrada, caramba, vai ver se eu tô na esquina seu bolha !!!!!

Vamos primeiramente analisar o caso do "mala de fila". É uma situação extremamente embaraçosa e que, a menos que você esteja lá a passeio, você não vai querer abandonar uma fila em que você já está há um tempão por causa de um infeliz maledetto, não importa se é Mezenga ou Bertinazzi (vide novela global "Rei do Gado") !!! A única solução possível nesse caso é você começar a responder apenas "é....hum hum...ahã..." e ficar olhando para os lados. Infalível ! A pessoa vai acabar se tocando e, como não quer criar uma guerrilha armada pela paz no oriente médio, vai acabar parando de falar ou ainda procurando outro infeliz ouvinte.

Agora vamos ao caso do "mala ocasional", também conhecido como "mala aleatório". Lembre-se que nessa situação, você pode (e deve) abandonar o local, pois aquele chato provavelmente não irá embora sozinho, e não sei porque, geralmente a técnica do "é....hum hum...ahã..." não funciona no front de batalha.

Para abandonar o local sem parecer um completo ignorante mal-educado (e você não irá querer ser conhecido assim nas rodas boêmias), use a velha tática de "encontrar aquele velho conhecido". Olhe para o meio da multidão (sempre há alguma multidão por menor que seja) e chame em voz alta um nome que seja o mais comum possível. Tipo assim "João ? É você ?" ou "Maria, espere !". E diga rapidamente ao mala "com licença, desculpe" e já saia, sem esperar ele responder, andando rapidamente na direção do meio da multidão e, o mais importante, NÃO OLHE PARA TRÁS ! E não pare de andar durante 1 km pelo menos.

Se o "mala aleatório" ou "mala ocasional" estiver dentro do busão ou de qualquer lugar que não valha a pena abandonar o posto, use a mesma tática indicada para o "mala de fila", mas após vários "é....hum hum...ahãs...", espere um momento de silêncio (reze para acontecer algum), vá baixando a cabeça e fechando seus olhos e finja que vai tirar um cochilo.

Após todas essas dicas, o mala só não vai se tocar se for um tipo de mala que ainda não descrevemos aqui: o "mala sem alça". No caso do "mala sem alça", não existe nenhuma solução cientificamente comprovada e testada até o presente momento. Caso você saiba de alguma, por favor escreva um comentário expondo sua experiência, pois também quero saber. ;)

Pronto ! Seus "pobremas se acabaram-se" ! Eu "agarantcho" !

2 comentários:

  1. Rssssssssssss.... Adorei os malas bem descritos por aqui e HAJA paciência pra aturá-los... E ainda temos AS malas cheias de grana dos políticos que também não só irritam como enojam... Vamos então driblando as situações e fugindo desses malas... abraços,chica

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    Respostas
    1. Boa ! Bem lembrado ! Essas malas são da pior espécie e infelizmente não dá pra gente driblar não é ? Abraço, e obrigado por ler e comentar !

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